segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Chapter 1 "Porto-Aveiro"



Pois é, e após quase 2 meses cá estou eu no urbano das 7:14h “Porto-Aveiro”. Estou pra' aqui a escrever mas nem sei bem o quê, tenho à minha frente uma rapariga que parece interessante, alternativa e com personalidade, entre os seus 23 a 25 anos, morena, lábios carnudos, óculos assim à actriz porno que faz de secretária . Digo isto pois ela está sentada, com um portátil, e está no seu mundo, não olha para ninguém , não fala para ninguém Pela forma de vestir, um pouco gótica talvez, usa sai preta abaixo do joelho e um casaco com um pentagrama , embora discreto. E estou a pensar:

que tipo deverá ela ouvir?” Será mais na onda “old school” , tipo Sisters of mercy e Paradise lost ? Ou mais “new wave” , tipo Tokio hotel ?

Sinceramente, e não o porquê, mas mesmo após 25 anos continuo a avaliar pessoas pelo que ouvem, e será que está correcto? Será que alguém que ouve Tony Carreira, merece que eu exclua da minha “ Sociadade”?! Bem, o que é certo é que o faço, e não me sinto bem com isso, não é que não fale com essas pessoas, quando digo excluir, é que não faço planos de estar com alguém que não seja musicalmente compatível, porque já tentei e não dá mesmo. Concordo com o que o Sr. Rui Veloso canta “Não se ama alguém que não ouve a mesma canção”, e pronto, não há volta a dar.

Eu sei, isto não soa nada bem, mas que posso fazer? Sou um bocado estranho, são estas pequenas coisas que fazem a diferença, para mim, claro!


Nisto, e voltando à menina que vai sentada à minha frente, que lhe vou chamar de Verónica , não sei porque , mas tem cara disso. Vem o revisor , e a Verónica entrega-lhe o bilhete, e aí houve o tal contacto visual, e realmente tinha uns olhos não demasiadamente tratados, digo isto porque não gosto de mulheres maquilhadas, gosto de coisas simples, e ela tinha apenas rimel, mesmo com óculos (que não desgosto) , deu para ver que tinha uns olhos bonitos, grandes e meios cinzentos. Foram uns bons “ 2 segundos” …


A “Verónica” , regressa ao seu mundo onde nada lhe tira a atenção, e eu regresso ao meu mundo, liguei o meu Ipod , coloquei a musica adrift and at peace e adormeci.

Acordo, já em Aveiro, e vejo a Verónica já de saída, sem óculos, e o que tinha dito confirma-se , mas que olhos...


E vi-a ir embora e pensei , “mas o que será que ela ouve?”


27/10/08

1 comentário:

All my thoughts disse...

Não se ama alguém que não goste da mesma canção é bem verdade.....o que vale é que toda a a gente pode-me amar então porque eu gosto de todo o tipo não sou esquesita......quando vou sozinha em transportes públicos tenho muito a mania de reparar em toda a gente e seguir todos os gestos das pessoas....e ponho-me a divagar " o que será que aquela pessoa vai a pensar? ou mesmo que será que vai fazer hoje?será que éfeliz da vida ou alguém frustrado" axo k sao pensamentos de quem vai sozinho mesmo porque eu quando vou com alguém nem tenho tempo para pensar porque passo a vida a tagarelar..... :D