quarta-feira, 24 de junho de 2009

Chapter 30

Parabéns para mim!


Isto que escrevo, é a minha faceta egoísta, o meu egocentrismo, o meu lado lunar. Hoje, que faço 26 anos, não quero prendas nem mensagens pré-definidas. Na verdade estarei a borrifar-me para a maior parte de vocês, que hoje, se calhar lembraram-se de mim. Não, hoje não quero falsos votos de felicidade, nem falsas simpatias. Hoje, é um dia normal, não acho que seja motivo para se fazer algo de diferente – será tão previsível. Não quero bolos, nem prendas, nem soprar sobre velas, sobre falsos e tão inatingíveis desejos. Hoje, quero beber; porque gosto de beber. Quero comer; porque preciso, e quero acima de tudo... ser.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Chapter 29

“ (…) e é tão difícil dizer amor, é bem melhor dize-lo a cantar. (…) “


Ou a escrever, como é o meu caso.


Hoje, dia 1 de Junho, dia mundial da criança, é também o nosso dia, ou seria, se estivesses cá, faria hoje três anos que inesperadamente e contra tudo que o rumo da minha vida indicava, que começava a namorar contigo. Naquele quarto e ao som da musica problema de expressão, que até então era tão pirosa, tão banal, que eu me identifiquei tanto com ela. Pela primeira vez na minha vida, quis, naquele preciso momento dizer amo-te, mas era tudo tão confuso, tão novo, que ao mesmo tempo era assustador. Pela primeira vez na vida, e após te beijar, soube no imediato, que se aquele beijo fosse o último eu ia ficar mal, no mínimo, triste. E avancei, também pela primeira vez na minha vida, quebrei a barreira do não querer gostar de ninguém, e ali, na minha casa desarrumada, comecei a gostar de ti.

E a partir desse dia, tudo na minha vida fez sentido, tudo que de mal antes me tinha acontecido, afinal, tinha uma razão de ser. Ainda me lembro e tenho as revistas que me compraste quando eu estava no hospital, ainda me lembro de todas as vezes que esperavas por mim na estação, das vezes que me levavas ao Porto à 1hora da manhã...

Não ando bem desde que foste. Há sempre aqui e ali; uma musica, um anuncio, algo que em determinada altura, nós, nos rimos perante todas essas coisas insignificantes.

Desde que foste, tudo tem sido uma seca, tudo tem sido diferente, até quando me doí a cabeça é diferente — faltas tu a dizer: vai tudo correr bem. Vais ficando mais distante mas não menos grandiosa, e não, jamais te conseguiria fazer morrer, recuso-me a isso. Faço questão de te exibir, contando aquela história que me contaste a esta data; a nossa. Aquela de uma menina que gostava muito de um menino mas que tinha medo que o menino não gostasse dessa menina. E sei que já te disse isto muitas vezes, mas não as suficientes — és a mulher mais fantástica que eu alguma vez conheci. A melhor namorada, amiga, a melhor mãe, a melhor chata, a melhor franjinhas de todas.

Hoje, faríamos três anos de namoro — coisa impressionante na minha vida. Há três anos atrás na minha vida, não imaginava tão pouco que iria gostar de alguém como gostei de ti, não imaginava o quão bom é viver com alguém que se ama verdadeiramente, e não imaginava perder-te assim. De forma tão injusta e cobarde por parte de quem lá em cima nos controla. Não consigo, ainda agora, quebrar a barreira do nunca mais, do para sempre, pois o para sempre é demasiado tempo para mim. O para sempre é algo que só a ti prometi, no amor que tornava a nossa relação quase indestrutível, que seria eterna, e foste, tu foste eterna até ao fim.