Volto já
«Volto já» Disse ela.
E aí tive a certeza que tudo tinha ido, desaparecido.
O teclado, o cinzeiro, os cigarros, as embalagens de iogurtes vazios...
Tudo isto tinha voltado ao que era... Nada!
“Nada” É talvez a palavra que mais classifica isto. È tão vago, assim como o regresso dela.
E penso, re-penso e volto a pensar
Em tudo aquilo que me poderia ter passado ao lado.
Fumo, olho à volta e volto a pensar...
As quatro paredes afinal, que sempre estiveram aqui, à minha volta
Estavam agora
Mais próximas, mais reais...
Apago o cigarro e vejo
Uma
Duas
Três pessoas
Mulheres
Mas nada como tu (eras)
Escrevo algo para uma , duas ou as três
Paro! «Não vale a pena»
Tenho que sair disto,
Desta história que romantizei via cabo
Em que a tua ausência me fez sentir o que vinha a sentir
Tristeza
Desilusão
Desolação
Saio
Bebo
Fumo e leio
“é a crise” é já 2009
Tenho 25 anos e tenho de nada um pouco
Tenho coisas
Muito pessoais
Muito minhas
Os cinzeiros, as paredes e as embalagens de iogurtes vazias, ninguém me tira!
E eu
E tu
Até nos poderíamos ter dado bem
Noutra altura
Noutro espaço
Noutra vida
Porque nesta aqui, já era, foi-se...
Sem comentários:
Enviar um comentário