sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chapter 12


Volto já




«Volto já» Disse ela.


E aí tive a certeza que tudo tinha ido, desaparecido.

O teclado, o cinzeiro, os cigarros, as embalagens de iogurtes vazios...

Tudo isto tinha voltado ao que era... Nada!

Nada” É talvez a palavra que mais classifica isto. È tão vago, assim como o regresso dela.



E penso, re-penso e volto a pensar

Em tudo aquilo que me poderia ter passado ao lado.


Fumo, olho à volta e volto a pensar...

As quatro paredes afinal, que sempre estiveram aqui, à minha volta

Estavam agora

Mais próximas, mais reais...


Apago o cigarro e vejo

Uma

Duas

Três pessoas

Mulheres

Mas nada como tu (eras)


Escrevo algo para uma , duas ou as três

Paro! «Não vale a pena»


Tenho que sair disto,

Desta história que romantizei via cabo

Em que a tua ausência me fez sentir o que vinha a sentir

Tristeza

Desilusão

Desolação




Saio

Bebo

Fumo e leio

é a crise” é já 2009





Tenho 25 anos e tenho de nada um pouco

Tenho coisas

Muito pessoais

Muito minhas

Os cinzeiros, as paredes e as embalagens de iogurtes vazias, ninguém me tira!



E eu

E tu

Até nos poderíamos ter dado bem

Noutra altura

Noutro espaço

Noutra vida

Porque nesta aqui, já era, foi-se...

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