quarta-feira, 25 de março de 2009

Chapter 20

Amo-te”




Curioso, tanta gente diz sentir a falta de um “amo-te” nas suas vidas sem pensar que se está a desgastar a essência da palavra, repito, desgastar, pois este amor que falo não se gasta com o uso que se celebra, só se gasta aquilo que deixa de existir. Este amor que falo, não é eterno, nada o é, nem mesmo resiste a tudo que vier, não. Aquele amor, puro, incondicional, é aquele que os nossos pais têm por nós. Podemos ser gay, roubar, meter-nos na droga, etc... E eles vão estar lá, a levar-nos ao CAT se for preciso. Numa relação, namoro, casamento, já não é assim. E por muito que pensemos que vamos trair e que um “amo-te” salvará o dia, tretas! Salva até um dia que o novo amor nascer, o desconhecido, o “capitão romance” aparecer na rua ou na padaria e nos fazer pensar que ele/ela faria as coisas de outra forma – da forma certa – pois nós, humanos, perdoamos tudo, até a um ponto. Este amor que falo, é preciso estimar, valorizar, e fazer com seja valorizado. Este “amo-te” que falo, que muita gente sente falta, e que o quer ouvir a qualquer preço, está por demais banalizado, talvez de vez em quando um “ sinto a tua falta” será mais sincero, igualmente sentido, porque um “amo-te” é pior que ir à tropa, não é um compromisso a prazo, é um compromisso para a vida. Quanto a mim, claro!

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