“A”
A letra “A” nunca foi a primeira coisa do nosso amor.
Foi A tua ausência,
foi A tua confiança – até A tua desconfiança,
foi A tua originalidade
Foi tudo A coisa mais estúpida e banal
E dentro dessas coisas tão triviais, vi num dicionário qualquer que a ausência – a tua – é algo que jamais me vou habituar, que quase por masoquismo gosto de sentir a tua falta e tenho medo de um dia não sentir. A confiança que tu tens, em que eu sou o fiel depositário, e que ao longo destes seis meses permanece intacta, quase indestrutível, é uma das mais valias, talvez a base disto tudo. Este tudo que começou de uma coisa tão estúpida e banal, como uma trepadeira qualquer que cresce e de repente a vemos chegar perto de um telhado, é este o tudo, que começou pequeno e agora é grande, e tenho toda a certeza que será imenso, infinito.
Da mesma forma que a letra “a” é a primeira da palavra amor, é a primeira em quase tudo que construímos, porque este apenas e só nosso amor foi construído. Não o compramos, nem o inventámos. Montámos delicadamente cada peça deste puzzle, deste nosso amor emoldurado.
Dezembro – 2006
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