domingo, 19 de abril de 2009

Chapter 24

E-mail #2



Ultimamente, tudo isto tem soado estranho, algo de novo, algo tão bom, e algo que sou tão inexperiente. Falo, como é óbvio, da nossa mais recente confissão, da nossa última novidade, que de resto, nunca foi para novidade para mim. E para ir directamente ao ónus da questão, é do “amo-te” que falo. De o dizer sem qualquer preconceito, de o dizer livremente, e com toda certeza. Digo e ouço-o de volta e tudo é até então uma espécie de sonho, daqueles que acordo e maior parte das vezes estás ao meu lado. Amo-te como nunca ninguém amei antes, e sei-o porque na verdade, muito ou pouco, nunca amei antes.


Envio-te este e-mail amor, porque notei que conservaste aquele bilhete de comboio do meu regresso e do meu/nosso amor que – finalmente – agora se confirmou. Este desconhecido, este tão estranho e novo amor é como aquele que vemos nas novelas, embora sentido. Fazes-me tão bem, minha franjinhas, dás-me a conhecer coisas tão belas, coisas que pensava saber mas que na verdade, apenas imaginava. Vejo-te em toda a parte e imagino-te comigo em toda a parte, quero que me mostres outros mundos, outros sistemas solares, outras galáxias até, e se preferires, criaremos a nossa. Tudo o que eu quero saber é – além do que são e para que servem os bifidus activos – onde vais estar amanha? Quero saber se podes ir deitar-me, quero que me leias “o tim tim foi à lua”, e uma vez que o tim tim foi, tenho a certeza que lá me levarás – sem paragens, devo dizer.


Obrigado pela tua existência e por seres tão TU. A minha namorada, a minha amiga, a mais sexy dona de casa, a coisa mais viciante a seguir à playstation.


E só para que fique por escrito algures na tua conta e-mail, eu amo-te.





Beijo do teu babuíno queridinho.





PS: Mais cedo ou mais tarde, vou ter que falar da tua existência à minha mãe, ela pensou que eu não andasse bem – ao ver o meu saco com a roupa dobrada.



Setembro – 2006

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