Invadiste, sem avisar, a minha vida. Invadiste, o meu mundo e tudo que o rodeia. Tudo que era a minha vida, o meu dia a dia, está igual. Porém, há algumas diferenças da minha vida passada, agora existes tu. Invadiste tudo; as noites, as paragens de auto-carro, o meu quarto, os meus lençóis, e consequentemente, a mim. Invadiste, também, o meu bloco de notas, a minha segunda consciência, o meu depósito de pensamentos. Invadiste e interrompeste um entre tantos outros pensamentos que se começavam a formar. Invadiste e lês-te:
" Devagar: muito devagar, vou-te sabendo de cor. Ainda que apenas uma vez por semana."
Decidi que não vou continuar, há uma imensidão de coisas que se dizem em poucas palavras, e tu, e pouca gente mais, saberá seguramente do que falo. Nada será como antes, será melhor. E digo-o porque há coisas que valem a pena e também se dizem em poucas palavras: gosto de ti.
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