Chapter 4

“...de 0 a 10”

...ok , sempre que conheço alguém volto à mesma história, aquela avaliação que faço, aquelas coisas que inconscientemente (ou não) não consigo parar de fazer. E quais são os meus critérios de avaliação? Bem, embora pareça um pouco superficial a primeira coisa que reparamos quando conhecemos alguém é o aspecto físico, acho que estaríamos a mentir se disséssemos o contrário.

Eu, reparo nas coisas mais esquisitas tipo:

• Se deitam papeis para o chão

• Se cospem?

Bem, todos nós cuspimos, mas se estão a falar com alguém e cospem é muito mau, imagino logo nas coisas que faz sozinha, quanto a deitar papeis para o chão , não sou o típico ambientalista , mas penso que é um dever cívico não o fazermos. Falei nestas duas questões porque simplesmente me vieram à cabeça e não porque tenho-as como “ pontos a considerar no meu check list “ .

E como é que funciona a tal escala de pontuação? Bem, sei que é contínua pois podemos não gostar de alguém à primeira impressão ou o contrário, e também podemos ser enganados, sendo a ultima hipótese mais complexa e para outro tema. É raro mas possível encontrar alguém que nos faz pensar, alguém que nos faz rir, alguém que fala e fala e concordamos com tudo, que até nos identificamos.

Isto é conversa de quem está apaixonado, mas não. São daquelas coisas que ao longo da minha vida realmente dou (e cada vez mais) valor. Coisas como:

• Sentido de humor, que seria da nossa vida se não tivermos alguém que não nos faça rir?

• Capacidade de dialogo , e saber falar de tudo um pouco

• Postura, saber estar

• Timming , saber falar sério, a brincar , a “idiotar” no momento certo

• Transparência , em qualquer situação dizer o que realmente é na realidade.

Ora somando estes cinco pontos temos como resultado uma pessoa , não diria perfeita, pois isso não existe, mas sem duvida alguém com PERSONALIDADE!! Que gostaria de ter por perto, manter contacto.

Será que exijo demasiado? Será que sou picuinhas? Sou um tipo esquisito?Sou!

Será que cumpro , ou sou algo como exijo aos outros? Não sei, nem tenho capacidade auto-critica suficiente para o fazer, sei que há dias que o sou e outros que não o sou de todo. Prefiro que me digam o que acham, que “nota” me dão.

Eu gostaria que as pessoas que me rodeiam fossem dignas de um 7 em 10 , pois a minha vida seria muito mais motivadora , em sem receio que me passassem a perna, mas como não é assim tento estar atento a estes pontos, que sigo como ideais, como referencia , como algo que não é impossível, e isto é o que dá piada à vida, conhecermos alguém que damos “2” e ficamos a pensar “como é que isto é possível??” e dias depois, quando menos esperamos conhecemos alguém que pensamos “ porra, isto era 11 em 10” , isto é alguém “para toda a vida e mais dois meses” .

Com isto tudo penso que cada um , e eu em especial temos uma pontuação pessoal que atribuímos a cada pessoa que passa pela nossa vida, e é engraçado quando paramos, pensamos em tudo aquilo que procuramos em cada uma delas , e no conjunto reunimos e pensámos se o bom se sobrepõe ao mau e que peso tem cada um destes. Acho que é um raciocínio saudável e desafiador, o que cada um podemos dar a cada uma das “nossas pessoas”.

Mas...o mais desafiador dos raciocínios é:

Mas que pontuação daríamos a nós próprios?

05/11/2008